terça-feira, 12 de julho de 2011

Marco Antônio e Cleópatra – derrotados por Baco


Cleópatra e Marco Antônio não eram o Pink e Cérebro (os ratinhos do desenho animado), mas queriam dominar o mundo. Cleópatra, que segundo Plutarco (historiador) não era aquela beldade que o cinema mostrou. No entanto, era um poço de cultura: falava mais de dez idiomas e discutia com os sábios da corte acerca de filosofia, matemática e astronomia. De igual para igual.

A rainha do Egito, considerada a reencarnação da deusa Ísis na terra, teve dois grandes amores: Júlio César e Marco Antônio. A ambos devotou sua riqueza, lealdade, filhos e, ao final, a vida. E aonde entra a bebida aqui?

Já casado com Cleópatra, Marco Antônio viveu anos desregrados em sua corte. Resultado: virou um velho barrigudo, grande bebedor de boa birita envelhecida em tonéis de carvalho (sim, bebida em excesso acaba com qualquer grande homem). Enquanto a mulher cuidava em encomendar navios para o Egito, Marco Antônio esperava ficarem prontos e bebia.

Bebeu tanto que estava embriagado demais no dia do grande golpe de estado que havia traçado com a esposa. Cleópatra, fez de conta que desertava de sua terra. Marco Antônio esqueceu do plano, achou que a amada foi mesmo embora e rumou aos prantos atrás dela, num barco mal preparado. E assim, ambos deixaram o palco da vida para entrar para a história: Cléo, deixando-se picar por uma áspide (sobra de veneno rápido e letal) e Marco pede que um criado lhe crave uma espada (não sem antes beber duas jarras de vinho, para dormir).

Texto: Vanessa Souza Moraes
Fonte: Tavares, Ulisses. Hic!stórias – os maiores porres da história da humanidade. Ed. Panda Books.

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