sábado, 30 de abril de 2011

Filme de cabeceira

"Alice: Eu não te amo mais!
Dan: Desde quando?
Alice: Agora, agorinha!
E eu não quero mentir!
e não posso contar a verdade,
então está tudo acabado!
Dan: Não Importa!
Eu te amo. Nada disso importa.
Alice: Tarde Demais
Eu não te amo mais. Adeus!
Alice: Eu teria te amado para sempre…
Agora saia!
Dan: Não faz isso. Fala comigo!
Alice: Eu já falei. FORA!
Dan: Você entendeu mal. Eu não queria…
Alice: Queria sim!
Dan: Eu te amo!!!
Alice: ONDE??
Dan: O quê?
Alice: Me mostra! Cadê esse amor?
Eu não vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto.
Eu te ouço. Escuto algumas palavras…
Mas não posso fazer nada com suas palavras vazias.
Qualquer coisa que você faça ou diga é tarde demais.

Dan: Por favor. Não faça isso!
Alice: Está feito!"

(Do filme: Closer)

celeste do seu sorriso

"(...) e esta, que me reconhecera, fez chover sobre mim o aguaceiro fulgurante e celeste do seu sorriso."

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 40)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

em todos os lugares onde fui feliz

Brideshead revisited
"- O local ideal para se enterrar um pote de ouro. Eu gostaria de enterrar algo precioso em todos os lugares onde fui feliz. E, então, quando for velho, feio e miserável, poderei voltar, desenterrá-los e me lembrar."

(Do filme: Brideshead revisited)

Que tentei. Que fui feliz

Brideshead revisited
"- Uma vez que, alegadamente, não tem religião o que imagina estar fazendo na Terra?
- Vivendo a minha vida, como você.
- Mas sem fé, quais as suas intenções?
- Quero olhar pra trás e dizer que eu estive vivo. Que não virei as costas. Que tentei. Que fui feliz".

(Do filme: Brideshead revisited)

mais articuladas, porém...

Vicky Cristina Barcelona
"As histéricas são mais articuladas com o desejo, e também podem ser super sensíveis para contrariar o desejo do outro."

(Maria Anita Carneiro, psicanalista - aula de Estruturas Clínicas do mestrado - 08/04/11)

pra suspirar - e acreditar

e muito menos um sinal oculto de alegria

On the set of Mississippi Mermaid
"Seu aperto de mãos não simbolizou mais do que um gesto objetivo de boas-vindas. Formal, observou: "Que bom rever-te, Christian." Nenhum estranhamento, nenhuma repreensão e muito menos um sinal oculto de alegria."

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 61)

coisas exatamente como elas são


“Queria que você pudesse ouvir as coisas exatamente como elas são, os barulhos em volta, a minha voz, a entonação da minha voz, as pausas, a rapidez ou a lentidão ao respirar. Mas nós sabemos que nunca é assim. Que qualquer coisa que eu diga ou faça sempre será uma invenção, não é possível reproduzir a realidade, apenas recriá-la, você costumava dizer, você gostava disso, essas frases que você repetia para os teus alunos.”

(Carola Saavedra in: Paisagem com dromedários. Ed. Companhia das Letras, p. 71)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

para trás o homem que estava destinado a ser


M. Johns

“Deixou para trás o homem que estava destinado a ser. Para ser, precisou, antes, “des-ser”. Se ficasse, agonizaria na recusa de ser. Partindo, abandonou-a para se apegar a si.”

(José Castello in: Ribamar. Ed. Bertrand, p. 180)

Nabokov - lá no Amálgama

Estou lá no Amálgama hoje:

http://www.amalgama.blog.br/04/2011/a-beleza-do-nao-todo-por-nabokov/

mas tenho esperança - Dostoiévski

"O general ficou muito admirado.
- E o senhor não tem ninguém, terminantemente ninguém na Rússia? - perguntou ele.
- Hoje ninguém, mas tenho esperança..."

(Fiódor Dostoiévski in: O idiota. Tradução de Paulo Bezerra. Ed. 34, p. 49)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

nessa história que ainda invento


“Eu tentava acreditar nessa história que tinha inventado para mim mesma, nessa história que ainda invento e é a única capaz de me dar uma resposta. Nessa história que poderia ser a mais descabida, mas também a mais real.”

(Tatiana Salem Levy in: A chave da casa. Ed. Record, p.99)

Seria essa a geografia de sua queda?


“- Tenho minhas raízes em você. Desde o primeiro dia em que a vi, amei você.
O amor entraria pelos olhos? Pensei que fosse a luxúria, o desejo.
- Você era uma espécie de perfeição.
Como uma fórmula. Talvez eu tivesse proporções agradáveis. Vestia manequim 40, tinha 82 de busto, 60 de cintura, 82 de quadris. Desenhe. Acrescente algumas roupas, ou não, como preferir. Complete com um rosto. Uma visão de planos e profundidades. Castanho-escuro, na verdade, para as pupilas; negro para as sobrancelhas. A pele lisa, imaculada, cor de creme fresco. E lábios “vermelho-mordida”. Da maneira como eles gostam. E, mais abaixo, pernas bem-proporcionadas . Bem-feitas e longas. Seria essa a geografia de sua queda?”

(Josephine Hart in: Pecado. Ed. Círculo do Livro, p. 99)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Žižek e Krzystof Kieslowski


A liberdade é azul
“(…) quando uma pessoa permanece traumaticamente ligada a uma relação passada, idealizando-a, elevando-a a um nível que todas as relações futuras nunca atingirão, podemos estar seguros de que essa idealização excessiva serve para ofuscar o fato de haver algo muito errado nessa relação. O único sinal fidedigno de uma relação verdadeiramente satisfatória é, após o falecimento do outro, o sobrevivente estar pronto para encontrar um novo parceiro.”

(Slavoj Žižek in: Lacrimae rerum. Ensaio: A teologia materialista de Krzystof Kieslowski. Boitempo Editorial, p. 65)

E agora?

"E agora?, esta é a pergunta de alguém inseguro, talvez deprimido, ou então atônito."

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 64)

Uma espécie de biombo contra a brutalidade

“Mas os sonhos das mulheres são em geral diferentes do desejo que rugem dentro delas. Uma espécie de biombo contra a brutalidade que querem, porque ainda são animais. Como nós. Os romances tem princípio, meio e fim, regulação de tempos e temperatura. Fazem dos sentimentos pautas instrumentais convergindo para um concerto de orquestra. Eu não tenho sentimentos desses, que se possam dedilhar, analisar, apreciar e aplaudir. Tenho uma massa suja de nervos e sangue que me serve muito bem. Às vezes dói, às vezes dança. Uma caixa negra que será enterrada comigo, sem chatear ninguém. Não me importa o que pensem ou digam de mim. Estou habituado. Os homens chamam-me vaidoso, as mulheres, egoísta. Não há homem que não pareça egoísta diante do manancial de uma mulher. Multiplicação milagrosa: quanto menos se lhes dá mais elas têm para dar.

(Inês Pedrosa in: Os íntimos. Ed. Alfaguara, p. 14)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

pois naquela época eu ainda imaginava

"Calava-a, pelo menos assim o julguei por muito tempo, pois naquela época eu ainda imaginava que era por meio de palavras que a gente revela aos outros a verdade."

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 45)

detalhes tão pequenos

 "(...) e são os pequenos detalhes, somados, que determinam a excelência ou a mediocridade de uma obra artística.".

(Mario Vargas Llosa in: Cartas a um jovem escritor. Ed. Campus, p. 76)

como uma máquina em pleno funcionamento


Ted Baron
“(...) a alegria fazia bater-me ruidosamente o coração, como uma máquina em pleno funcionamento, mas imóvel, e que, para descarregar sua velocidade, apenas pode girar sobre si mesma no mesmo lugar.”

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 619)

domingo, 24 de abril de 2011

pétalas contidas dentro de si


"Poderia se abrir em algum lugar como uma flor. Poderia encontrar um lugar menos abarrotado, menos confinado, e abrir as pétalas contidas dentro de si."

(Rachel Eusk in: Arlington Park. Ed. Companhia das Letras, p. 41)

Esse estado de constante alerta era extremamente doloroso


A maior parte dos cérebros tem domingos, o meu se recusava até a um meio expediente. Esse estado de constante alerta era extremamente doloroso não apenas em si, mas em seus resultados diretos. Todo ato comum que eu obrigatoriamente tinha de cumprir assumia uma aparência complicada, provocava uma multidão de ideias associativas na minha cabeça, e essas associações eram tão esquivas e obscuras, tão absolutamente inúteis para aplicação prática, que eu ou escapava da questão em pauta ou a transformava numa confusão por mero nervosismo.” 

(Vladimir Nabokov in: A verdadeira vida de Sebastian Knight. Ed. Alfaguara, p.66)

e que demandava a eternidade


Jane Eyre
“Parei na porta, achei que alguma coisa devia ser dita à guisa de despedida ou relacionada ao que estava diante de nós, na escola, em nosso cotidiano, mas não o fiz, porque quis evitar dizer algo de definitivo ou algo que Stella pudesse interpretar como sendo definitivo. Eu não queria que algo que começava assim tão de repente e que demandava a eternidade terminasse.”

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 42)

sábado, 23 de abril de 2011

Ele vai até o limite, pensei. Mas não além.


Banett Newman
“Elizabeth sorriu com prazer quando ele cumprimentou meu pai pelo vinho – que bebeu em quantidade considerável, embora não excessiva. Ele vai até o limite, pensei. Mas não além.
Elizabeth brincou com sua comida. Não bebeu praticamente nada. Elizabeth nunca vai até o limite. Em sua pintura, por exemplo, não há nenhum perigo, nenhuma excitação.”

(Josephine Hart in: Pecado. Ed. Círculo do Livro, p.26)

Deve haver algum modo, quem sabe


“Deve haver como me perder, de algum modo. Deve haver como me perder para encontrar aquele lugar no mundo que nunca foi pisado antes, um território realmente virgem. Deve haver algum modo, quem sabe, de partir em viagem e não regressar mais.”

(Adriana Lisboa in: Rakushisha. Ed. Rocco, p. 53)

Essa esperança a tinha desgastado (M. Duras)


Tinha amado desmesuradamente a vida, e fora sua esperança incansável, incurável, que fizera dela o que se tornara, uma desesperada da própria esperança. Essa esperança a tinha desgastado, destruído, esvaziado a tal ponto que seu sono, que a repousava dela, e até mesmo a morte, pareciam que já não podiam ultrapassá-la.”

(Marguerite Duras in: Barragem contra o pacífico. Ed. ARX, p. 137)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

mas a palavra é mais que linguagem: a palavra


“Antes disso o homem teve muitas linguagens, mas a palavra é mais que linguagem: a palavra é amuleto, mito, enigma. A palavra é distância, armadilha, castigo. A palavra é limite, lucidez, altivez. Mas principalmente a palavra é jogo. A linguagem é um dos esportes mais complexos que o homem inventou e a palavra é a bola oficial desse esporte: o mais sangrento de todos. Comparado com ela, o boxe é ternura.”         

(Efraim Medina Reyes in: Técnicas de masturbação entre Batman e Robin. Ed. Planeta, p. 142)

o pior dos insultos

Cry Baby
"(...) recendia a Joy ou Diorissimo, e não sabia cozinhar bem. Quando tento reduzir à essência o que me ensinou sobre a vida, não me resta mais do que o seguinte:
1) Acima de tudo, nunca seja vulgar.
2) O mundo é um lugar predatório: coma mais depressa!
"Vulgar" era o pior insulto que ela podia dedicar a qualquer coisa. (...) A vulgaridade era uma praga que se tinha de evitar por todos os modos possíveis".

(Erica Jong in: Medo de voar. Ed. Best Books, p. 159)

onde guardar as impressões


“Estudando exatamente onde guardar as impressões, o amor que não amadurecera, a possibilidade de que o amor não fosse amor ou o fosse até demais, a desumana velocidade com que tudo acontecera.” 

(Adriana Lisboa in: Um beijo de colombina. Ed. Rocco, p. 72)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

o lado infantil

"A vida em casal e a vida em família ressaltam o lado infantil de todas as pessoas envolvidas. Por que é que eles têm de dormir noite após noite na mesma cama? Por que é que precisam telefonar um para o outro cinco vezes por dia? Por que é que têm que estar sempre um com o outro? Aquela deferência forçada é certamente uma coisa infantil."

(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 93)

É singular como se pode ter uma relação íntima com alguém que nunca conhecemos pessoalmente - e como nossas impressões podem mostrar-se erradas

Janet Hill
 "Eu lia esboços biográficos dos escritores e achava que os conhecia. É singular como se pode ter uma relação íntima com alguém que nunca conhecemos pessoalmente - e como nossas impressões podem mostrar-se erradas. Mais tarde, quando voltei a Nova York e comecei a publicar poemas, conheci alguns desses nomes mágicos. Em geral eram inteiramente diferentes do que eu imaginara. Grandes cérebros, quando escreviam, revelavam-se imbecis, pessoalmente. Autores de poemas sombrios sobre a morte mostravam-se calorosos e engraçados. Autores encantadores sabiam transformar-se em criaturas inteiramente sem graça. Escritores generosos, de coração aberto e altruístas, talvez se mostrassem mesquinhos, afobados, exigentes e invejosos... Não que houvesse qualquer regra absoluta a reger tal assunto, mas em geral surgiam algumas surpresas. Tratava-se de questão das mais perigosas, a de avaliar o caráter do escritor pelo que ele escrevia."

(Erica Jong in: Medo de voar. Ed. Best Books, p. 127)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

a distância que as suas palavras guardavam da realidade

Ilha do medo
"Media o esforço que lhe custara arrancar aquilo do fundo do peito; e depois que se decidira bruscamente, como quem arranca um espinho cravado muito fundo na carne, estacara admirada com o som hesitante da sua voz - percebia a distância que as suas palavras guardavam da realidade e não podia deixar de se inclinar quase com espanto, ante o vazio, o silêncio e a inexpressividade de sua frase."

(Lúcio Cardoso in: A luz no subsolo. Ed. Brasiliense, p. 15)

não sou eu nem sou o outro

"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro".

(Mário de Sá-Carneiro)

terça-feira, 19 de abril de 2011

pequenos achados


Edward Weston
“A angústia é feita de miudezas; infiltra-se nos detalhes, esconde-se nas frestas.”

(José Castello in: Ribamar. Ed. Bertrand Brasil, p. 31)

Não basta voltar às coisas uma segunda vez

"Poucas são as coisas não decepcionantes à primeira vez que as vemos, porque a primeira vez é a vez da experiência, ainda não somos capazes de distinguir o signo e o objeto: o objeto se interpõe e confunde os signos. Decepção na primeira audição de Vinteuil, no primeiro encontro com Bergotte, na primeira visão da igreja de Balbec. Não basta voltar às coisas uma segunda vez, porque a memória voluntária a esse próprio retorno apresentam inconvenientes análogos aos que nos impediam, na primeira vez, de experimentar livremente os signos (a segunda estada em Balbec não foi menos decepcionante que a primeira, sob outros aspectos). Como, em cada caso, remediar a decepção? Em cada linha de aprendizado, o herói passa por uma experiência análoga, em momentos diversos: ele se esforça para encontrar uma compensação subjetiva à decepção com relação ao objeto."

(Giles Deleuze in: Proust e os signos. Ed. Forense Universitária, p. 32-33)

Esse olhar surpreso e feliz

East side west side
"Esse olhar de surpresa, nunca haverei de esquecer esse olhar surpreso e a concordância feliz."

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 53)

naturalmente meu humor não é brilhante (Clarice L.)

"(...) diz que eu estou de mau humor de manhã, de tarde, de noite... Não é verdade. Naturalmente eu sou irritável, naturalmente meu humor não é brilhante, mas de um modo geral sou alegre."


(Carta de Clarice Lispector para as duas irmãs. Berna, 12-05-1946 do livro: Correspondências Clarice Lispector, organizado por Teresa Montero, Ed. Rocco, p. 119)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

um realejo decomposto

"Sendo a nossa imaginação como um realejo decomposto que sempre toca outra coisa que não a ária indicada..."

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 3 - O caminho de guermantes.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 27)

E que nos baste

"Esse mesmo amor, é verdade que o reencontramos, mas deslocado, não mais pesando sobre nós, satisfeito da sensação que lhe concede o presente e que nos basta, pois o que não seja atual não nos importa."

(Marcel Proust in: Em busca do tempo perdido vol. 2 - À sombra das raparigas em flor.Tradução de Mario Quintana. Ed. Globo, p. 4676)

# 14 sorteio de livros no blog

Título: Da sombra à luz: seleção de contos de Elvira Foeppel
Organização: Vanilda Salgnac Mazzoni e Alícia Duhá Lose
Editora: UESC

O livro será sorteado em: 01 de maio.
 
Mesmo método de sempre para concorrer:
*Colocar nome completo, e-mail, morar no Brasil e ser seguidor do "Vem cá Luísa, me dá tua mão".

Nenhum conhecimento é suficiente

500 days of summer
“Eu não disse em voz alta, mas pensei: eu amo Stella. E também pensei: quero saber mais sobre ela. Nenhum conhecimento é suficiente quando nos damos conta de que estamos amando alguém.”

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 77)

domingo, 17 de abril de 2011

um nome, apenas

"Por que isso é quase bom demais para ser amor. Delicioso e gostoso demais para ser algo tão sério e sóbrio quanto o amor."

(Erica Jong in: Medo de voar. Ed. Best Books, p. 89)

de que sim, havia uma, havia muitas


“Um pequeno cone de vidro no coração. Abri as páginas do jornal como quem ingressa num labirinto. Como quem acorda e se lembra de que sim, de que havia uma tragédia, de que havia muitas tragédias na cabeceira. Senti o tato gelatinoso do ar. A vertigem escorregadia do mundo, a fantasia do mundo. Nesse instante o telefone tocou, e ninguém foi atender, nem eu, nem Marisa, e a campainha soou várias vezes, como se pronunciasse alguma coisa fora dali, longe dali. A campainha telefônica, lâmina, cortava como um pequeno cone de vidro afiado.”

(Adriana Lisboa in: Um beijo de colombina. Ed. Rocco, p. 112)

para as mulheres também - dos mistérios



"O feminino não é só mistério para os homens, é um mistério para as mulheres também."


(Maria Anita Carneiro, psicanalista - aula de Estruturas Clínicas do mestrado - 08/04/11)

Gilda

Gilda
"Se eu fosse uma fazenda, não teria cercas."

(Do filme: Gilda)

não de maneira fugidia, mas lentamente

Notting hill
"Antes de saltar, ela me beijou mais uma vez, e já na porta da casa acenou para mim, não de maneira fugidia, mas lentamente, como se eu precisasse me conformar com aquela separação."

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 77)

sábado, 16 de abril de 2011

e quando você está no torvelinho da paixão...

Elegy 
"O ciúme. Esse veneno. E gratuito. (...) Nesses amores obsessivos, você deixa de ser a pessoa autoconfiante de sempre, quando você está no torvelinho da paixão... (...) Eu me sinto ansioso se não telefonar para ela todos os dias, e assim que ligo para ela fico ansioso."

(Philip Roth in: O animal agonizante. Ed. Companhia das Letras, p. 38)

O mutismo da felicidade

"(...) simplesmente porque, com uma revelação, algo que significava tudo para mim cessaria de existir - talvez as coisas que nos fazem felizes necessitem ser guardadas em silêncio."

(Siegfried Lenz in: Minuto de silêncio. Tradução de Kristina Michahelles. Ed. Rocco, p. 124)

Entrevista no Amálgama

Estou lá no Amálgama hoje.
Entrevista com o escritor gaúcho Ítalo Ogliari, autor de "A volta".

sexta-feira, 15 de abril de 2011

amor e dever - carta de Clarice L.

James Tissot

"Eu sempre disse a mim mesma que o amor que os outros têm pela gente cria mais deveres do que o amor que a gente tem pelos outros."

(Carta de Clarice Lispector para Tania Kaufmann. Berna, 26-11-1946 do livro: Correspondências Clarice Lispector, organizado por Teresa Montero, Ed. Rocco, p. 137)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sei que a natureza não é pródiga em sua generosidade


“Nunca me interessei por homens bonitos. Isso não se deve ao fato de que eu acredite que eles sejam necessariamente vaidosos; tampouco que sejam incapazes, como com freqüência se conclui, de amar profundamente. Não. Sei que a natureza não é pródiga em sua generosidade, e, tendo provido de beleza, certamente não sentirá a necessidade de ser generosa com outras qualidades.”

(Josephine Hart in: Pecado. Ed. Círculo do Livro, p.23)