domingo, 29 de março de 2015

assimetria


A paixão nasce de um encontro casual, sempre assimétrico. Um só é aprisionado por um detalhe que vai condensar – durante um tempo – o conjunto das causas do desejo.

O apaixonado, aprisionado pelo movimento de uma mão ou de um olhar, se verá amarrado àquilo que o apaixona, àquela beleza convulsiva, “erótica-velada, explosiva-fixa, mágica-circunstancial”. Que André Breton evoca em L’Amour fou.

HASSOUN, J. A crueldade melancólica, p.43. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

Um comentário:

  1. "A paixão nasce de um encontro casual, sempre assimétrico."
    Achei esta frase uma máxima... afinal quando um não quer, dois não têm. E é sempre como digo, todo relacionamento é via de mão dupla.

    Tks!xxx

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