quarta-feira, 10 de junho de 2015

do perdão

O que eu fiz de errado eu carrego comigo. Nada some porque a gente decide, porque a gente quer. Ninguém pode me tirar o mal que eu fiz pros outros. A gente precisa disso pra ser uma pessoa melhor. Perdoar é como fingir que não existe. Mas a vida é resultado do que a gente fez. Não faz sentido agir como se algo não tivesse acontecido.
Perdoar não é isso! Tu é maluco! Perdoar é livrar as outras pessoas da culpa. E fazendo isso tu também te liberta. Não é fingir que não existiu. É uma doação, uma entrega. É uma escolha que se faz. Precisa de coragem, mas vale a pena.
Não é uma escolha. Não existe escolha.
Não?
No fundo não.

Daniel Galera in: Barba ensopada de sangue. Companhia das Letras, p. 419.

www.vemcaluisa.blogspot.com.br

Um comentário:

  1. Oi, Vanessa!
    São dois pontos de vista que em partes não concordo. Em geral perdoar alguém não livra ninguém de culpa, pois a maioria quando faz algo, nem culpa sente. Perdoar é caminho difícil, talvez nesse sentido há libertação quando se convive com quem aprontou, do contrário é mais fácil esquecer a pessoa... rs.
    Esse lance de dizer que a vida é resultado do que a gente fez é uma afirmativa recorrente que não cabe para explicar ações alheias. Essa afirmativa é que gera culpa. E quem tem que se sentir culpado mesmo?
    :)
    Beijus,

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